sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Onde é que eu estava com a cabeça, Lopes, de acreditar em contos de fadas,
de achar que a gente manda no que sente e que bastaria apertar
o botão e as luzes apagariam e eu retornaria minha vida satisfatória,
sem seqüelas, sem registro de ocorrência?
Eu nunca amei aquele cara, Lopes.
 Eu tenho certeza que não.
Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.
Não era amor, era uma sorte.
Não era amor, era uma travessura.
Não era amor, era sacanagem.
Não era amor, eram dois travessos.
Não era amor, eram dois celulares desligados.
Não era amor, era de tarde.
Não era amor, era inverno.
Não era amor, era sem medo.
Não era amor, era melhor.
 

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