E corre com um pouco de frio até a
sala.
Eu sinto uma saudade ridícula.
Eu sinto uma saudade ridícula.
Traz um copinho meio vazio e fala da
nostalgia
que tem do meu licor de amêndoas.
que tem do meu licor de amêndoas.
Saudade é a palavra, eu
digo.
Não, é nostalgia mesmo.
Eu pergunto da diferença.
Saudade é
clichê.
A gente sente nostalgia de algo distante,
que a gente sabe que não vai mais voltar.
que a gente sabe que não vai mais voltar.
Mas se você tá aqui, com meus licores e minhas
camisas?
Pois é, você diz com os ombros. Eu peço de volta minha camisa.
Preciso
me proteger do seu frio, da sua vida perfeita,
da próxima vez que meu telefone tocar por engano.
da próxima vez que meu telefone tocar por engano.