quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Xaninho, gatinho!

Vem bichano, roça o rabo na perna, bebe o leite no pires e deixa apreciar o banho que você dá de língua. Gato de Botas, você sempre fez o meu estilo, seu malandro. Sabido que só, você se faz de morto só pra mostrar para o Marquês de Carabás, que essa Rainha é a mais surpreendente. Só que a Rainha ficou de quatro pelo Gato. Vivido, experiente, dominador. Deixou todos do reinado aos seus pés, caíram na lábia do bichano. Ah Gato, você com toda essa vivência, toda essa malandragem, fez uma Rainha vulnerável, amar sua linguada. Rainha mudou toda a estória, não quer o Marquês de Carabás. Ela quer o Gato de Botas, com cordões encarnados, bordados a ouro e preciosos diamantes.

Não corre mais atrás de ratazana, mata a fome na cama, arrudiado de carinho.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

“Então, de repente, sem pretender, respirou fundo e pensou que era bom viver. Mesmo que as partidas doessem, e que a cada dia fosse necessário adotar uma nova maneira de agir e de pensar, descobrindo-a inútil no dia seguinte - mesmo assim era bom viver. Não era fácil, nem agradável. Mas ainda assim era bom. Tinha quase certeza.” 


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

'Mesmo quando desvio meus olhos e meus pensamentos de ti, mesmo quando estou ocupada consertando a minha vida, enquanto vasculho as imensidões psicológicas que moram em mim, mesmo quando estou cansada e precisando de tantas coragens, mesmo assim, guardo teu rosto na retina da minha alma. E, de repente, eu te desejo. E me sinto melhor...'


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Pra não dizer que não falei de flores...



"Não se pode dizer para a primavera 'tomara que chegue logo e dure bastante'. Pode-se apenas dizer: 'venha, me abençoe com sua esperança, e fique o máximo de tempo que puder'."






quinta-feira, 19 de setembro de 2013

"Sonhei que você sonhava comigo. Parece simples, mas me deixa inquieto. Cá entre nós, é um tanto atrevido supor a mim mesmo capaz de atravessar — mentalmente, dormindo ou acordado — todo esse espaço que nos separa e, de alguma forma que não compreendo, penetrar nessa região onde acontecem os seus sonhos para criar alguma situação onde, no fundo da sua mente, eu passasse a ter alguma espécie de existência. " 


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

 
Sorrir com os olhos, falar pelos cotovelos, meter os pés pelas mãos. Em mim, a anatomia não faz o menor sentido. Sou do tipo que lê um toque, que observa com o coração e caminha com os pés da imaginação. Multiplico meus cinco sentidos por milhares e me proponho a descobrir todos os dias novas formas de sentir. Quero o cheiro da felicidade, o gosto da saudade, o olhar do novo, a voz da razão e o toque da ternura. Luto contra o óbvio, porque sei que dentro de mim há um infinito de possibilidades e embora sentimentos ruins também transitem por aqui, sei que devo conduzi-los com a força do pensamento até a porta de saída. Decidi não delegar função para cada coisa que eu quero. Nem definir o lugar adequado para tudo de bom que eu sinto. Nossos sentimentos são seres vivos e decidem sem nos consultar. A prova de que na vida, rótulos são dispensáveis e sentimentos inclassificáveis.
 
 
'Solidão não é estar só, é ser só; 
e ser só não é estar numa ilha, é ser uma ilha'


-Arlindo Cruz-

terça-feira, 10 de setembro de 2013




'Às vezes, as pessoas não têm noção das promessas 
que estão fazendo no momento em que as fazem.'

Do Livro A Culpa é das Estrelas

"Fogo aproxima, esquenta, inspira, romantiza qualquer cena. 
Fogo fascina, seduz, conecta com nossas ideias mais abrasadoras. 
Fogo arde, embeleza e nos remete a clichês 
a que é preciso se render ao menos uma vez na vida. 
Fogo é uma manifestação da natureza selvagem 
em meio às paredes civilizadas da sala."


'A pureza da resposta das crianças...'

"Ontem, no meio de uma conversa com meu sobrinho de cinco anos, ele largou essa:
- Deus é menino e menina ao mesmo tempo.
- E quem é Deus, Theo?, perguntei.
- É uma pessoa que morre no Natal e nasce na Páscoa.
E eu sorri por dentro e por fora. Se as pessoas preservassem as pequenas ingenuidades com certeza o mundo seria um lugar mais tranquilo, com mais paz, respeito e amor."
 
 

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

"Espero que as pessoas sejam mais tolerantes... 
que cuidem mais dos seus sonhos ao invés de tentar estragar a vida do outro com fofoca e sentimento barango. 
Espero que todo mundo ame mais. 
Que se abram para o amor.”


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Queremos que dê certo, queremos fazer dar certo, lutamos para colocar tudo nos trilhos, nos eixos. Mas a vida segue seu ritmo. Os sentimentos têm seus próprios passos de dança. E de vez em quando somos obrigadas a ensaiar um novo passo. Nem sempre dura. Nem sempre é eterno. Nem sempre é como um sonho bom. E precisamos lidar com isso. Nem que seja na marra. Nem que tenha que engolir o choro e de vez em quando forçar um ou outro sorriso. 
A gente se arrisca porque gosta de chorar de vez em quando. 
E se arrisca mais forte ainda porque gosta de sorrir também, 
digo eu, que não gosto (nem um pouco) do verbo prender
Prender o riso. Prender o choro. Prender o grito.
Prender o verbo. Faz a gente deixar de ser, a gente.


sábado, 31 de agosto de 2013

'Amor é quando eu mando uma cartinha pra ela,
toda rabiscada, 
com as letrinhas todas tortas, 
e ela diz que foi a cartinha mais linda que recebeu.'
 
Pedro, 7 anos
 
 
 

Tenho uma amiga que quando percebe que eu estou triste costuma me perguntar quem roubou a minha caixa de lápis de cor. Tem vez que nem pergunta, apenas comenta: “poxa, dessa vez levaram as cores que você mais gosta!” (...) algumas vezes, quando eu choro diante dessa indagação não é pelas cores que não encontro na caixa nem por lembrar de quem supostamente as roubou. Choro por perceber que ainda dou aos outros o poder de roubá-las. Por notar que, no fim das contas, quem rouba os meus lápis de cor preferidos sou eu.