terça-feira, 27 de novembro de 2012



E corre com um pouco de frio até a sala. 
Eu sinto uma saudade ridícula. 
Traz um copinho meio vazio e fala da nostalgia 
que tem do meu licor de amêndoas.  
Saudade é a palavra, eu digo. 
Não, é nostalgia mesmo. 
Eu pergunto da diferença. 
Saudade é clichê.  
A gente sente nostalgia de algo distante, 
que a gente sabe que não vai mais voltar. 
Mas se você tá aqui, com meus licores e minhas camisas? 
Pois é, você diz com os ombros. Eu peço de volta minha camisa. 
Preciso me proteger do seu frio, da sua vida perfeita, 
da próxima vez que meu telefone tocar por engano.


2 comentários:

  1. nostalgia seria só uma lembrança, certo? não sei qual eu sinto. :/

    bjos

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  2. Inventei a ironia numa toada de vento
    Roubei as asas a uma gaivota azul
    Colei-lhes um poema cheio de penas
    E enviei-o para uma tonta do sul

    Inventei um mar numa bola de sabão
    Roubei uma corda forte e boa
    Atei um rol de mágoa à mesma
    E afoguei-as nas águas de uma lagoa

    Bom fim de semana


    Doce beijo

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